domingo, 18 de novembro de 2012

Que Brasil é esse? Vamos reagir?



O recrudescimento da violência mostra os resultados da fragilidade e da agressividade do ser humano (Nietzsche). Ainda vivemos com cabeça de selvagens no meio de florestas verdes, adaptamo-nos nessa condição às florestas de concreto e aço. A violência agora ganha o estímulo de drogas, filmes, programas de TV, intolerância e muito mais.
O radicalismo fundamentalista (vale o pleonasmo) cresce e por muito pouco não reconquistou a Presidência dos Estados Unidos. No Oriente Médio, sempre na vitrine do Mundo, os foguetes estão marcando um péssimo relacionamento que poderia ser diferente, mas quem defendia a paz perdeu espaço ou foi assassinado. O dinheiro petroleiro dos irmãos de fé não contribuiu para a construção de um estado independente e saudável (Palestina) enquanto em Israel os radicais ganham espaço, que se fortalece com as explosões e demonstrações de ódio em suas fronteiras.
Os exemplos são inúmeros.
No Brasil onde transformamos penitenciárias em museus e repartições públicas foi necessária a intervenção do CNJ (dispensa apresentação depois de sua ex-presidente) e de alguns parlamentares para que descobríssemos o estado calamitoso do Paraná, por exemplo [ (Audiência Pública sobre a Violência contra as Mulheres no Paraná) e postagens em sequência]. O pesadelo continua (Muito detento para pouco presídio, 2012) e o desespero pode criar problemas violentos nessas universidades do crime em que se transformaram as cadeias e penitenciárias.
Os escândalos federais demonstram como o dinheiro do contribuinte foi usado e o crime organizado no Brasil cresce.
País sem condições de defender suas fronteiras, sistema educacional equivocado, policiamento grotesco na maioria dos casos, precariedade das leis, lassidão no Poder Judiciário e rotinas a favor dos criminosos mais poderosos criaram o paraíso para bandidos de toda espécie. É até virtude dizer que de alguma forma contestamos com violência alguma coisa...
O desperdício de dinheiro com a agiotagem superou qualquer crime formal e assim estamos sem condições até de usar as estradas brasileiras, saturadas quando a opção viajar desconfortavelmente em empresas de avião não existe. Navegação entre portos brasileiros é coisa do passado, que pena. Trens de passageiros? Para quê se devemos usar os trilhos para carregar produtos de baixo valor agregado, inclusive alimentos para os estrangeiros engordarem seus animais?
Felizmente temos agora uma Presidente realmente preocupada com o sucesso real de sua administração e não simplesmente “fazer política”. Rezamos, oramos, imploramos para que Sua Excia. Dilma Rousseff não mude, pressionada que deve estar pelos líderes mais irresponsáveis comandando suas facções, isto é partidos.
Nunca antes o Brasil precisou tanto da competência da Presidente, governadores, prefeitos, parlamentares, líderes religiosos, comunitários, cidadãos etc. Se existe um pacto social é hora de pensarmos nele a favor do futuro do povo brasileiro. É demais sentir que somos governados a partir (teoricamente) de criminosos dentro de penitenciárias superlotadas ou simplesmente em cadeias onde delegados e carcereiros improvisados cuidam. No Paraná mais de dezesseis mil condenados e presos aguardando julgamento (gente pobre, rico está por aí) apodrecem em cárceres improvisados.
Em São Paulo e em Santa Catarina estamos vendo como o crime organizado quando quer se transforma em movimento guerrilheiro. Pessoas viciadas são recrutadas e bandidos profissionais ou sociopatas (qual é o tipo de psicopatia? (Psicopata)) matam e destroem sem dó nem piedade.
Temos um nó górdio que se formou durante anos de enrolação. Os discursos e as prioridades, talvez fictícias, desviaram recursos preciosos. A realidade está deixando o Brasil assustado.
Colhe-se o que é plantado, não devia ser surpresa saber o que acontece. Afinal já tivemos episódios violentíssimos em nossa história a partir de brasileiros revoltados com decisões da Corte monárquica e a republicana.
Vamos (acadêmicos, classe média, OAB, clubes de serviços, Maçonaria, religiosos, mestres etc.) continuar apáticos e escondidos, teóricos de bar, amedrontados e ranhetas?
Precisamos de ações eficazes.

Cascaes
17.11.2012

ANTONELLI, D. (26 de 6 de 2012). Muito detento para pouco presídio. Fonte: Gazeta do Povo: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1268942&tit=Muito-detento-para-pouco-presidio
Cascaes, J. C. (s.d.). Audiência Pública sobre a Violência contra as Mulheres no Paraná. Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2012/06/audiencia-publica-sobre-violencia.html
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.
Psicopata. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopata


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