O recrudescimento da violência mostra os resultados da
fragilidade e da agressividade do ser humano (Nietzsche) . Ainda vivemos com
cabeça de selvagens no meio de florestas verdes, adaptamo-nos nessa condição às
florestas de concreto e aço. A violência agora ganha o estímulo de drogas,
filmes, programas de TV, intolerância e muito mais.
O radicalismo fundamentalista (vale o pleonasmo) cresce e
por muito pouco não reconquistou a Presidência dos Estados Unidos. No Oriente
Médio, sempre na vitrine do Mundo, os foguetes estão marcando um péssimo
relacionamento que poderia ser diferente, mas quem defendia a paz perdeu espaço
ou foi assassinado. O dinheiro petroleiro dos irmãos de fé não contribuiu para
a construção de um estado independente e saudável (Palestina) enquanto em
Israel os radicais ganham espaço, que se fortalece com as explosões e
demonstrações de ódio em suas fronteiras.
Os exemplos são inúmeros.
No Brasil onde transformamos penitenciárias em museus e
repartições públicas foi necessária a intervenção do CNJ (dispensa apresentação
depois de sua ex-presidente) e de alguns parlamentares para que descobríssemos
o estado calamitoso do Paraná, por exemplo [ (Audiência
Pública sobre a Violência contra as Mulheres no Paraná) e postagens em
sequência]. O pesadelo continua (Muito detento para pouco presídio, 2012) e o desespero pode
criar problemas violentos nessas universidades do crime em que se transformaram
as cadeias e penitenciárias.
Os escândalos federais demonstram como o dinheiro do
contribuinte foi usado e o crime organizado no Brasil cresce.
País sem condições de defender suas fronteiras, sistema
educacional equivocado, policiamento grotesco na maioria dos casos,
precariedade das leis, lassidão no Poder Judiciário e rotinas a favor dos
criminosos mais poderosos criaram o paraíso para bandidos de toda espécie. É
até virtude dizer que de alguma forma contestamos com violência alguma coisa...
O desperdício de dinheiro com a agiotagem superou qualquer
crime formal e assim estamos sem condições até de usar as estradas brasileiras,
saturadas quando a opção viajar desconfortavelmente em empresas de avião não
existe. Navegação entre portos brasileiros é coisa do passado, que pena. Trens
de passageiros? Para quê se devemos usar os trilhos para carregar produtos de
baixo valor agregado, inclusive alimentos para os estrangeiros engordarem seus
animais?
Felizmente temos agora uma Presidente realmente preocupada
com o sucesso real de sua administração e não simplesmente “fazer política”.
Rezamos, oramos, imploramos para que Sua Excia. Dilma Rousseff não mude,
pressionada que deve estar pelos líderes mais irresponsáveis comandando suas
facções, isto é partidos.
Nunca antes o Brasil precisou tanto da competência da
Presidente, governadores, prefeitos, parlamentares, líderes religiosos,
comunitários, cidadãos etc. Se existe um pacto social é hora de pensarmos nele
a favor do futuro do povo brasileiro. É demais sentir que somos governados a
partir (teoricamente) de criminosos dentro de penitenciárias superlotadas ou
simplesmente em cadeias onde delegados e carcereiros improvisados cuidam. No
Paraná mais de dezesseis mil condenados e presos aguardando julgamento (gente
pobre, rico está por aí) apodrecem em cárceres improvisados.
Em São Paulo e em Santa Catarina estamos vendo como o crime
organizado quando quer se transforma em movimento guerrilheiro. Pessoas
viciadas são recrutadas e bandidos profissionais ou sociopatas (qual é o tipo
de psicopatia? (Psicopata) ) matam e destroem
sem dó nem piedade.
Temos um nó górdio que se formou durante anos de enrolação.
Os discursos e as prioridades, talvez fictícias, desviaram recursos preciosos.
A realidade está deixando o Brasil assustado.
Colhe-se o que é plantado, não devia ser surpresa saber o
que acontece. Afinal já tivemos episódios violentíssimos em nossa história a
partir de brasileiros revoltados com decisões da Corte monárquica e a
republicana.
Vamos (acadêmicos, classe média, OAB, clubes de serviços,
Maçonaria, religiosos, mestres etc.) continuar apáticos e escondidos, teóricos
de bar, amedrontados e ranhetas?
Precisamos de ações eficazes.
Cascaes
17.11.2012
ANTONELLI, D. (26 de 6 de 2012). Muito detento para
pouco presídio. Fonte: Gazeta do Povo:
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1268942&tit=Muito-detento-para-pouco-presidio
Cascaes, J. C. (s.d.). Audiência Pública sobre a
Violência contra as Mulheres no Paraná. Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC:
http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2012/06/audiencia-publica-sobre-violencia.html
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano
(2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.
Psicopata.
(s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopata
Nenhum comentário:
Postar um comentário