Manipulação de Mercado, Bolsa de Valores, desonestidade e
liberdade, ganhos ilícitos, ganhos especulativos, indicadores econômicos, mídia
e mercado, terrorismo econômico, carteis, Máfia Econômica,
oncentração de
propriedade da mídia
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A concentração
da propriedade da mídia ocorre
quando poucos indivíduos ou organizações controlam grandes fatias dos meios de comunicação social.[1]
Pesquisas
recentes revelam que tem ocorrido aumento dessa concentração na medida em que
muitas áreas do setor são controladas por um número reduzido de firmas, o que
configura oligopólio.[2][3]
Alguns exemplos
de grandes conglomerados nos meios de comunicação são: Viacom, CBS
Corporation, Time Warner, News Corp, Bertelsmann
AG, Sony, Comcast, Vivendi, Televisa, The Walt Disney Company, Hearst Corporation, Organizações Globo e Grupo Lagardère.[4][5][6]
Por outro lado,
em países geralmente descritos como autoritários -
tais como China, Cuba e Rússia -,
a propriedade da mídia é algo muito semelhante a um monopólio estatal.
Índice
[esconder]
Oligopólio[editar | editar código-fonte]
Um oligopólio ocorre
quando poucas firmas dominam o fornecimento de um serviço em um mercado
específico.[7] Quando
empresas maiores compram as menores, elas aumentam a concentração de mercado, o que eleva o
poder que as mesmas têm sobre o setor. Com isso, a absorção ou expulsão de
outras empresas (empresas pequenas possuem a desvantagem de ter menor economia de escala) pode se tornar inevitável se
não houver um esquema regulatório no setor. Durante esse processo de eliminação
da concorrência, as empresas restantes passam
a ter um controle desigual da mídia, por terem poder de oligopólio.[8]
Concentração de
mídia por país[editar | editar código-fonte]
Austrália[editar | editar código-fonte]
Os controles
sobre a propriedade de mídia na Austrália estão
previstos na Lei de Serviços de Radiodifusão[9] de
1992, administrada pela Australian Communications and Media Authority (ACMA).
Mesmo com leis em vigor, a Austrália tem uma alta concentração de propriedade
midiática. A propriedade do nacional e os jornais de cada capital são dominados
por duas corporações: News
Corporation, de Rupert Murdoch (fundado em Adelaide) e Fairfax
Media, de John Fairfax Holdings. Embora grande parte da imprensa
tradicional diário é tirada do Australian
Associated Press, todos os meios de comunicação de propriedade privada
ainda competem entre si. O meio rural é dominado pela Rural Press
Limited, que também é de propriedade de John Fairfax Holdings, com
participações significativas em todos os estados e territórios. O truste Daily
Mail and General Trustopera as redes de rádio comercial DMG Radio
Australia em áreas metropolitanas e regionais da Austrália. Formado em
1996, desde então se tornou uma das maiores empresas de mídia de rádio no país.
A empresa possui atualmente mais de 60 estações de rádio em toda a Nova
Gales do Sul, Victoria, Austrália Meridional, Queensland e Austrália Ocidental. Existem regras que regem a
propriedade estrangeira de mídia australiana e estas regras foram afrouxadas
pelo antigo Governo Howard.
Segundo a
organização Repórteres Sem Fronteiras, em 2004, a
Austrália está na 41ª posição em uma lista de
países classificados por liberdade de imprensa; bem atrás de Nova
Zelândia (9ª) e Reino Unido (28ª). Este ranking é
principalmente devido à diversidade limitada na propriedade da mídia. Em 2013,
a Austrália subiu para a 26ª posição no Índice de Liberdade de Imprensa.
No final de 2011,
o Inquérito Finkelstein sobre regulação da mídia foi lançada, e relatou suas
conclusões de volta para o governo federal no início de 2012.[10]
Brasil[editar | editar código-fonte]
No Brasil, a
concentração da propriedade da mídia se manifestou muito cedo. A este respeito,
o Dr. Venício A. de Lima observou em 2003: "Deve-se notar que no Brasil há
um ambiente muito propício para a concentração. A legislação setorial tem sido
historicamente tímida, por vontade expressa do legislador, ao não incluir
disposições diretas que limitem ou controlem a concentração da propriedade,
que, aliás, vai na direção oposta do que acontece em países como a França,
Itália e Reino Unido, que estão preocupados com a pluralidade e a diversidade
no novo cenário de convergência tecnológica (Lobato, Folha
de S. Paulo, 2001/10/14)".[11]
Lima também
aponta para outros fatores que tornam mais fácil a concentração midiática, em
particular na radiodifusão: a falta de normas legais que limitam a
participação de um mesmo grupo econômico em vários organismos de radiodifusão;
um curto período (cinco anos) para as concessões de revenda de radiodifusão,
facilitando a concentração pelos grandes grupos de mídia através da compra de
estações independentes, e há restrições para a formação de redes nacionais de
radiodifusão. Ele cita exemplos de concentrações horizontal, vertical, cruzado
e "em cruz" (peculiaridades da mídia brasileira).[11]
Concentração
horizontal: oligopólio ou
monopólio produzido dentro de uma área ou indústria; a televisão (paga ou
gratuita) é o modelo clássico brasileiro. Em 2002, as empresas Sky e NET dominavam 61% do mercado
brasileiro de televisão por assinatura. No mesmo ano, 58,37% de todos os
orçamentos de publicidade foram investidos na TV. Neste aspecto, a Rede Globo e
suas afiliadas receberam 78% do valor.[12]
Concentração
vertical: integração das
diferentes fases de produção e distribuição, eliminando o trabalho de
produtores independentes. No Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, é comum
para uma rede de TV produzir, anunciar, comercializar e distribuir a maior
parte de sua programação. Rede Globo é conhecida por suas telenovelas
exportadas para dezenas de países; ele mantém sob contrato permanente os
atores, autores e toda a equipa de produção. O produto final é transmitido por
uma rede de jornais, revistas, emissoras de rádio e sites de propriedade
do Grupo
Globo.
Propriedade
cruzada: a propriedade de
diferentes tipos de mídia (TV, jornais, revistas, etc.) por parte do mesmo
grupo. Inicialmente, o fenômeno ocorreu em mídias de rádio, televisão e de
impressão, com destaque para o grupo dos Diários Associados. Numa fase posterior surgiu
o Grupo
RBS (afiliada da Rede Globo),
com operações nos mercados do Rio
Grande do Sul e Santa
Catarina. Além de ser o proprietário de emissoras de rádio e televisão, e
dos principais jornais locais, tem dois portais de Internet. As opiniões dos
seus comentaristas são assim replicadas por um sistema de multimídia que
torna-se extremamente fácil espalhar o ponto de vista defendido pelo grupo.[13][14]
Monopólio
"em cruz": a
reprodução em nível local das particularidades da propriedade cruzada. Uma
pesquisa realizada no início de 1990 detectou a presença desta singularidade em
18 dos 26 estados brasileiros. Manifesta-se pela presença de um canal de
televisão com um grande público, muitas vezes ligada à Rede Globo e
pela existência de dois jornais diários, em que aquele com a maior circulação
está ligado ao principal canal de televisão e de uma rede de estações de rádio,
que quase sempre se reproduz artigos e da linha editorial do jornal "O Globo".
Em 2002, uma outra pesquisa (que não incluiu TV por assinatura), encontrou a
presença do "monopólio em cruz" em 13 grandes mercados no Brasil.[15]
O Escritório
da Unesco em Brasília manifestou
a sua preocupação com a existência de um código ultrapassado de
telecomunicações (1962),[16] que
já não satisfaz as expectativas geradas pela Constituição Brasileira de 1988 nos
campos político e social, bem como a incapacidade do governo brasileiro de
criar uma agência reguladora independente para gerenciar a mídia.[17] As
tentativas nesse sentido têm sido apontados pela mídia brasileira como supostos
ataques à liberdade de expressão.[18][19][20]
Estados Unidos[editar | editar código-fonte]
Na televisão
norte-americana, a grande maioria das redes de TV aberta e a cabo básico são
controladas por oito empresas: News
Corporation (20th Century Fox, 21st
Century Fox, Fox News, FX, National Geographic, Fox Life, Fox Kids,
editora Dow Jones & Company, etc.), The Walt Disney Company (que inclui as
marcas ABC, ESPN, Disney
Channel e A+E Networks), National Amusements (que inclui CBS
Corporation e Viacom), Comcast (que inclui as marcas NBC), Time
Warner, Discovery Communications, Cablevision ou
alguma combinação destes.
México[editar | editar código-fonte]
No México, há
apenas duas emissoras de televisão nacionais, a Televisa e
a TV
Azteca. Essas duas emissoras juntas administram 434 de um total de 461
comerciais de televisão no país (94.14%).[21]
Referências
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para cima↑ Steven, 2009: p. 19
- Ir
para cima↑ Downing, John, ed. (2004). The SAGE
Handbook of Media Studies. [S.l.]: SAGE. p. 296. ISBN 978-0-7619-2169-1
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para cima↑ Lorimer, Rowland & Scannell, Paddy (1994). Mass
communications: a comparative introduction. [S.l.]: Manchester
University Press. pp. 86–87. ISBN 978-0-7190-3946-1
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para cima↑ Shah,
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Issues, Updated: 02 Jan. 2009. Accessed: 21 Mar. 2011.
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sobre o Ato». Instituto Australiano de Informação Legal. 24 de outubro
de 2009
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para cima↑ «Inquérito
sobre Mídia Independente». Department of Broadband, Communications and
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- ↑ Ir para:a b Venício
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Consultado em 8 de abril de 2014
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para cima↑ BRANT, João (17 de maio de 2012). «"FHC
defende a regulação dos meios de comunicação"». Carta Maior
- Ir
para cima↑ Permisos
y concesiones de televisión en México
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Críticas à Rede Globo
- Críticas à revista Veja
- Campanha pela aprovação do
projeto de Lei da Mídia Democrática
- Desregulamentação
- Grande
mídia
- Liberdade de expressão
- Liberdade de imprensa
- Mídia alternativa
- Neutralidade da rede
- Partido da Imprensa Golpista (sobre
a concentração de mídia no Brasil)
- Regulamentação da mídia
nos Estados Unidos
- Transparência
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Sete teses sobre
mídia e política no Brasil. Por Venício A. de Lima. Revista
USP, São Paulo, n°61, p. 48-57, março-maio de 2004.
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