sábado, 23 de agosto de 2014

Candidatos - teses e propostas - privatização - estatização - EDUCAÇÃO

Privatização ou estatização? E a Educação?
Tenebrosamente vemos e ouvimos alguns candidatos defendendo em suas campanhas a tese da privatização das concessionárias como se isso fosse a panaceia contra a corrupção. Ou são muito ignorantes ou estão agindo de má fé contra o povo brasileiro. 
No Brasil temos autarquias, estatais, empresas de capital misto e empresas privadas, qual dessas formas de subordinação é a melhor? Tudo depende de quem fiscaliza, governa, legisla, cria normas, padrões, regulamentos e da fiscalização formal e informal. A pior estrutura funciona se as pessoas forem boas, a melhor será inútil se os líderes não prestarem.
Podemos até afirmar que a vigilância cívica e a coragem de quem se sente prejudicado vale mais do que qualquer modelo institucional em torno dos serviços essenciais (1). Os brasileiros em 2013 demonstraram inequivocamente que abusos podem ser contidos quando o povo reage aos gerentes e legisladores de plantão.
As concessionárias[1] são empresas que estão subordinadas ao interesse público, por isso têm critérios diferentes de formação e operação de um barzinho, por exemplo.
Se as concessionárias e empresas privadas fossem auditadas com o mesmo rigor que as estatais o povo descobriria o que acontece com o que paga. Se a mania de criar dificuldades para cobrar vantagens não existisse com certeza nossas empresas, de qualquer tipo, seriam infinitamente melhores. Se estratégias demagógicas não imperassem teríamos bons padrões de serviços.
Se o amor ao Brasil e ao seu povo tivesse existido entre nós não teríamos renunciado a indústrias de base que fizeram o alicerce das grandes potências atuais, onde explicitamente ou disfarçadamente seus governantes mais competentes viabilizaram tecnologia, postos de trabalho, patrimônio intelectual, segurança e crescimento com marcas e controles radicais de domínio.
Talvez o ser humano seja simplesmente o que é, como inúmeros filósofos o descreveram (1) e sociólogos, médicos, psicólogos e especialistas em política explicaram melhor. Ou seja, é incapaz de pensar realmente e raramente agir corajosamente. Evidentemente temos imensas esperanças de evolução. Michel Foucault ao final de sua vida enfatizava a necessidade de plena sinceridade, coragem e ação ao resgatar a verdadeira proposta dos melhores filósofos gregos [ (2), (3) e (4)] e os padrões modernos de comunicação, aprendizado, de existência e desenvolvimento intelectual dão essa esperança.
O que irrita tremendamente quem conhece, pelo menos com alguma profundidade, o que aconteceu ao Brasil em suas áreas técnicas, políticas e morais é ver tremendos farsantes propagando teses que fazem a delícia de grandes grupos econômicos (via de regra indiferentes à qualquer sentimento de amor ao nosso povo), que possivelmente dão sustentação a suas campanhas eleitorais.
Precisamos evoluir, crescer.
Com certeza Educação, Saúde, Segurança, Empregos, Estradas e outros itens relacionados em pesquisas são essenciais, vitais e merecem graduação em termos de prioridades. Acima de tudo devemos lembrar a importância do combate à corrupção e ao crime organizado, o que deve existir sempre. Sem vontade real de moralização de nosso país nunca teremos um Brasil forte, livre e saudável.
Muitos poderão dizer que a má fé dos poderosos é imbatível. Nem tanto. Em junho de 2013 nossos jovens assustaram tremendamente os donos dos muitos poderes em nossa pátria varonil (aí sim). Foram exemplo também de que a educação é a base para mudanças. Os padrões de revolta refletiram imensamente o que eram e sabiam; se bem ou mal, devemos sempre lembrar o que aprenderam.
Visitando os bairros mais pobres em volta das grandes cidades veremos o resultado de séculos de desprezo pelos mais humildes ou simplesmente escravos... Parabéns ao Governo Federal pela elaboração e viabilização do Plano Nacional de Educação [ (5), (6)] e (7)], e nos estados e municípios?
Devemos enfim, privatizar ou estatizar o Brasil? Não seria melhor ver e ouvir os candidatos debatendo seus próprios defeitos e virtudes, seus planos com detalhes (podem ser publicados em portais) e a racionalização e moralização do país e povo que prometem defender? As reformas ainda pendentes?

Cascaes
23.08.2014

1. Cascaes, João Carlos. Serviços Essenciais. [Online] http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/.
2. —. Procurando Saber, Entender, Aprender Filosofia, História e Sociologia - SEM CENSURA. [Online] http://querendo-entender-filosofia.blogspot.com.br/.
3. Foucault, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro : Editora Forense Universitária Ltda., 2010. p. 38. ISBN 978-85-218-0344-7.
4. [org.], Frédéric Gros. Foucault - a coragem da verdade. [trad.] Marcos Marcionilo. s.l. : Parábola Editorial. ISBN 85-88456-25-7.
5. Candiotto, Cesar. Foucault e a crítica da verdade. Curitiba : Champagnat, 2010. p. 66.
6. Federal, Governo. Plano Nacional de Educação - PNE - proposta - PL - novo PNE - LEI Nº 13.005, DE 25 JUNHO DE 2014. . Mirante da Educação. [Online] 25 de 7 de 2014. http://mirante-da-educacao.blogspot.com.br/2014/08/plano-nacional-de-educacao-pne-proposta.html.
7. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Ministério da Educação. [Online] http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.pdf.
8. Cascaes, João Carlos. PNE - slide share - comentários pessoais - para discussão e monitoramento. Mirante da Educação. [Online] 08 de 2014. http://mirante-da-educacao.blogspot.com.br/2014/08/pne-slide-share-comentarios-pessoais.html.






[1] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. concessão é uma das principais prerrogativas do Estado moderno, juntamente com o monopólio legítimo do uso da força dentro de seu território e a defesa de seu território e população perante agressões externas. Tem raiz histórica no poder dos imperadores de concederem a exploração de recursos naturais, comércio ou serviços públicos a entes privados mediante condições pré-definidas e o pagamento de taxas ou impostos específicos.
Diferente dos direitos, sejam históricos, adquiridos ou conquistados, as concessões costumam ser temporárias e parciais, geralmente condicionadas a determinado conjunto de regras ou leis pré-estabelecidas por aquele que concede, no caso o Estado e são sempre revogáveis. Assim, o Estado tem a prerrogativa legal de retirar uma concessão quando julgar necessário ou quando o concessionário não cumprir com algumas das condições definidas pelo Estado.
No caso da concessão de serviço público"há cláusulas pré-definidas que podem ser alteradas unilateralmente pelo Poder Concedente, sem que caiba, de forma legítima, irresignação por parte do concessionário quanto a tais alterações" (ARAUJO, Luiz E. D. (2007) "Concessão de serviço público e ato jurídico perfeito" http://jus.com.br/artigos/9633)
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Casos de concessão do Estado, segundo José Carlos de Oliveira, no Brasil, para empresas, geralmente incluem uma grande variedade de temas, desde a exploração de recursos naturais como petróleominériosflorestas e água, passando pelo uso do espectro eletromagnético por empresas de comunicação, até certos tipos de atividades comerciais (importação e exportação), e a prestação de serviços de utilidade pública. Neste caso a concessão e a permissão de serviços públicos são as formas através das quais a Administração Pública transfere ao particular a prestação do serviço público, como a gestão de serviços de saúde e educação, a administração de meios de transporte, transportes esses quando ligados à área de Segurança Nacional (Estratégia militar), transportes (rodoviário, ferroviário, hidroviário, aéreo) e empresas de transporte público coletivo (ônibusmetrô), a área de comunicação social e/ou Política - de - Estado (imprensarádio e TV), além de serviços de saneamento (coleta de lixo e esgoto, distribuição de água encanada).