A evolução e recaídas da Humanidade
O ser humano é complexo e sensível a tudo o que tem dentro
de si e encontra fora de seu corpo, algo tão fantástico que nos obriga a pensar
muito [1] . Estamos mergulhando
na era da comunicação instantânea, dos computadores portáteis, de imensos bancos
de dados (existentes até em portarias de prédios) ..., um cenário mais que
desafiador para a inteligência que possamos ter.
Ao longo da história da Humanidade tivemos momentos (ou
períodos) decisivos, quando avançamos culturalmente e socialmente, assim como
regredimos episodicamente. Vemos, por exemplo, a destruição de símbolos de
religiões não aceitas pelo Estado Islâmico, uma repetição já tristemente
rotineira em todos os lugares onde o fundamentalismo religioso, ideológico,
racial, tribal e até esportivo dominou [2] populações indefesas.
No Brasil estamos em crise. Marolas e caixas dois se
transformaram em maremotos e escândalos escabrosos, o que virá depois?
“Quanto maior a árvore, maior o tombo”. As grandes
revoluções, principalmente, mudaram a história da Humanidade e tiveram ondas
furiosas de iconoclastia e demolição de instituições reinantes.
Somos brasileiros, que mudanças teremos? Quanto tempo
gastaremos para viver num país evoluído, razoavelmente estável?
Ao longo dos tempos os países mais desenvolvidos tiveram
mudanças firmes a favor da Educação, da arte do estudo individual, do medo dos
donos da verdade. Focos de ondas de imigrantes, alguns países construindo
barreiras físicas fortíssimas para não perderem as conquistas de seus habitantes,
tiveram coragem e lucidez para a valorização da liberdade de pensamento, da
formação de bons professores, escolas, universidades. Nesse caminho existiram
recaídas a partir de centros de dominação intelectual. Livros foram queimados,
proibidos, universidades fechadas (afinal tudo estava explicado, pesquisar para
quê?), a disciplina cultivada como a qualidade suprema e “não reagir” a
mensagem subliminar dos poderosos [ [2] , [1] ].
Graças aos polos estimuladores do empreendedorismo
científico e industrial, imensos laboratórios e bibliotecas, valorização da
inteligência e liberdade temos agora as redes sociais, a internet, os
computadores portáteis, bibliotecas virtuais, portais com filmes e espaço para
a criação de tantas emissoras de rádio e TV quanto quisermos. Obviamente essa
oportunidade cria reações assustadas e leis restritivas, regulação draconiana
etc.
Leis, decretos, regulamentos, normas, “democratismo”,
campanhas oportunistas, o terrorismo intelectual etc. são instrumentos de
mudança ou de dominação, tudo depende de lideranças construídas ou naturais.
Ainda somos sensíveis demais à mídia, ao marketing, à
vontade dos patrocinadores de mídia. Precisamos evoluir, saber ter curso,
caminho, cultura pessoal, individual. Maravilhosamente livros convencionais excelentes
aparecem, contornando a desculpa de que não existe tempo disponível para
navegar na WEB. Com certeza só é praticamente impossível voltar aos tempos dos
rolos de pele curtida de animais copiados de obras clássicas para estudar... ou
seja, a evolução já viabiliza até o livro digital, o e-book e, suprema arte, os
filmes (via youtube e similares).
Com tudo o que existe um país tão grande quanto o Brasil, perdendo
satélites e tempo, contém espaços escuros, currais eleitorais, gente mantida na
ignorância. Neste cenário nada mais lógico sentir que o financiamento de
campanhas caras e a dependência delas ainda é a comum em nosso país, algo que a
Operação Lava Jato mostra e demonstra.
Ninguém é santo ou demônio (ou não? O cinema dos tempos
geniais mostra exemplos de bandidos radicais). Usos e costumes infamantes,
contudo, acabam criando reações fortes; a Comuna de Paris, episódio quase oculto
na França, é um exemplo inequívoco de tragédia revolucionária. Após as
revoluções do século 19 o povo francês adotou um conservadorismo medroso que
durou muito.
Precisamos de serenidade, competência, coragem e força em
cérebros e cargos estratégicos de pessoas que nos governam para corrigir nossa
Democracia burocrática e corporativa. Qual será o futuro de nosso país?
Cascaes
8.3.2005
[1]
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J. C. Cascaes.
[Online]. Available: http://querendo-entender-filosofia.blogspot.com.br/.
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[2]
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J. C. Cascaes.
[Online]. Available: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/.
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