Revoluções e revoltas, o início de 2015.
Estamos em clima de revolta generalizada. As manifestações
aparecem, muitas delas sem objetivo claro; a facilidade e as provocações, contudo,
viabilizaram este cenário preocupante num país do tamanho do Brasil governado
de forma imprudente e maquiavélica.
Poderia ser diferente. O cenário internacional favorável ao
que produzíamos viabilizava a construção e melhor manutenção de muitos projetos
a favor do crescimento sadio de nosso povo. Lamentavelmente as prioridades
foram equivocadas ou impublicáveis, a incompetência espantosa e a corrupção
fizeram o resto.
A Operação Lava Jato diz muito mais do que a existência de
problemas graves na Petrobras, mostra e demonstra a facilidade com que apesar
de tantas instituições de fiscalização burocráticas e democráticas a desonestidade
imperou dentro e fora dela.
As eleições em 2014 e tudo o que acontece e se tem
conhecimento fácil a partir da generalização das redes sociais e universalização
da cultura (turismo, livros digitais, atuação de entidades de Direitos Humanos
etc.) viabilizaram o clima de revolta atual.
Os “pacotes de maldades” explodiram tanto ou quanto a
derrota do Brasil por 7 a 1. Ou melhor, muito mais, pois essa comparação um
tanto moleque não se compara ao que está acontecendo e poderá existir no Brasil
neste ano de 2015. As manifestações de junho de 2013 foram um alerta desprezado
pelos governantes; acreditaram que simplesmente desmoralizar as passeatas
alegando atos de vandalismo era suficiente para castrar o povo brasileiro. Se o
povo se revoltava, isso acontecia porque antes, já há muito tempo, o Brasil
afunda na lama da conveniência de máfias e carteis.
Teremos uma coleção de ações políticas, jurídicas,
corporativas etc. Podemos ver com tristeza as muitas hipóteses ruins, devemos, entretanto,
acreditar que a única maneira de corrigir os rumos do processo de “redemocratização”
é esse e ter esperança que a radicalização seja superada pela serenidade com
honestidade e determinação saneadora.
O Brasil é um país naturalmente rico e possui espaços
generosos. Devemos, para poder dizer com orgulho “sou brasileiro(a)”, ter leis
e comportamentos sadios, sérios, responsáveis. O famoso Estado de Direito”
entre nós sempre foi instrumento de manutenção de privilégios que o dinheiro é
capaz de sustentar. Por um espaço policial e nas mãos de delegados, promotores
e juízes espantosamente sérios e corajosos estamos vendo como ações dolosas,
criminosas, mal intencionadas quebraram a Petrobras. Graças à Operação Lava
Jato outros circuitos lesivos ao Brasil estão aparecendo com destaque.
Nosso problema não é o PT, PMDB ou PP. É um figurino
paralelo e camuflado de fazer política e negócios. Isso precisa acabar e
futuros criminosos deverão saber que estamos atentos, se forem flagrados em
atos semelhantes terão punição exemplar.
Corrigir e punir aqueles que desmoralizam nosso povo e
viabilizam a miséria no Brasil é o desafio desse momento de nossa História.
Cascaes
15.3.2015
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