terça-feira, 2 de julho de 2013

Receitas políticas, o peru da vez.


Receitas políticas, o peru da vez.
Na televisão em programas conduzidos por cozinheiros famosos e complicados podemos descobrir receitas de “pratos” extremamente atraentes; a fome e a vontade de comer se juntam à curiosidade que esbarra, contudo, rotineiramente, em detalhes inacessíveis à maioria dos telespectadores.
Pior ainda, dependendo da situação clínica da pessoa que vê e ouve com atenção esses programas poderá existir uma combinação perigosa, capaz de agravar a saúde do cidadão ou cidadã amante da cozinha sofisticada, misteriosa e cheia de armadilhas.
Essas reportagens deveriam ser acompanhadas de análises de médicos especialistas apontando quem e como as pessoas teriam proveito do que foi ensinado. As contraindicações são importantes assim como orientações para higiene em outros países e lugares brasileiros desconhecidos. Não podemos esquecer que toda comunidade humana ganha resistência física a seus hábitos, turista se arrisca e sofre...
Via spans, mensagens pelas redes sociais, artigos políticos etc. descobrimos uma coleção de receitas para os problemas do Brasil. Nesses “conselhos” e receitas há muito a ser visto com lupas, competência e análises que faltam nessa forma de comunicação.
Estamos em plena revolução tácita, por enquanto pacífica apesar de alguns episódios de violência. Por ausência e incompetência de nossos governantes somos submetidos diariamente a constrangimentos imprevistos, todos, praticamente, com bandeira justas, mas condução perigosa. Par e passo vamos convergindo para cenários que as raposas políticas querem, à medida que dominam a lógica da insatisfação popular, nunca antes tão evidente quanto agora (Cascaes, Credibilidade perdida, 2013).
A verdade é que as organizações que deveriam representar o povo estão desmoralizadas. Nenhuma escapa, exceto, talvez, o até então desprezado MPL (MPL - Movimento Passe Livre). A luta dos estudantes pelo “passe livre” (fureotubo) serviu de catalizador para a revolta popular, algo que as Cortes em seus palácios não esperavam. Aliás, seria de imenso valor recorrer à história das revoluções, com destaque para as francesas, onde encontraremos detalhes de como o povo reagiu aos desmandos de governo e como foi (o povo francês) ludibriado inúmeras vezes. Não é de se estranhar a apatia de uma nação que foi exemplo de tantas transformações sociais; em tempo, vale a pena ler, estudar e discutir minuciosamente uma coleção de livros e filmes sobre a França, alguns que vimos e lemos recentemente e registrados em (Livros e Filmes Especiais).
O ser humano é o que é, não foge de sua natureza. Por isso é fundamental evitar lideranças demagógicas ou degradadas pelo exercício da vida.
A democracia direta (Cascaes, Democracia Direta sem intermediários) é possível desde que se alterem (reduzam) drasticamente as atribuições da União (Cascaes, O irredento) e a reforma fiscal e a política aconteçam de forma inteligente, isso é possível? Psicólogos, psiquiatras, médicos em geral e cientistas políticos com a palavra.
O Governo Federal, a Presidente Dilma e seus 39 ministros e milhares de assessores devem estar preocupados. Como manterão seus empregos após a próxima eleição, se houver?
Chegamos a uma situação em que qualquer piquete para o Brasil se quiser. No Setor Elétrico isso ainda não aconteceu (já imaginaram os efeitos de uma greve geral de eletricitários?), outros, apesar da importância de suas atividades, cruzam os braços e fazem exigências justas, que dependem, acima de tudo, de reduzir a sangria provocada há décadas pelos banqueiros (Spread e juros bancários, 2012) e os especuladores do dinheiro.
Sempre é bom lembrar, se verdadeiro não sabemos, que o peru[1] após uma boa cachaça não sai de um círculo de giz que se fizer em volta dele. Outros dizem que era para amolecer a carne. O chato é que o assassino desse frangão acabava tomando um pileque e executando suas funções de forma inadequada. Parece que era assim que matavam (no Brasil) esse frango americano na véspera da ceia de Natal.
Será que o governo, em todos os níveis, é o peru da vez, só esperando o momento do jantar que nosso povo prepara? Quem toma a cachaça?

Cascaes
2.7.2013


Spread e juros bancários. (4 de 2012). Fonte: DIEESE: http://www.dieese.org.br/notatecnica/notaTec109Spread.pdf
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: O irredento: http://o-irredento.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (15 de 6 de 2013). Credibilidade perdida. Fonte: Quixotando: http://www.joaocarloscascaes.com/2013/06/credibilidade-perdida.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Democracia Direta sem intermediários. Fonte: A favor da Democracia no Brasil: http://afavordademocracianbrasil.blogspot.com/2011/03/democracia-direta-sem-intermediarios.html
Livre, M. P. (s.d.). fureotubo. Fonte: fureotubo: http://fureotubo.wordpress.com/
MPL - Movimento Passe Livre. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Passe_Livre






[1] Wikipédia - Peru é o nome comum dado às aves galiformes do gênero Meleagris. Uma espécie, Meleagris gallopavo, conhecida vulgarmente comoperu-selvagem, é nativa das florestas da América do Norte. O peru-domesticado descende desta espécie. A outra espécie viva é Meleagris ocellata ou peru-ocelado, nativo das florestas da Península de Iucatã. Existem várias espécies extintas com idades até aos 23 milhões de anos. com variantes selvagens e domesticadas, originária da América do Norte e aparentadas com os faisões.

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