A Semana da Pátria vem aí, fazer o quê?
O mês de junho acordou o povo brasileiro, tivemos reações
diversas e muita gente grande ficou assustada. Agora, com o poder que têm,
procuram diluir o impacto e desmoralizar o que aconteceu. É muito bom trabalhar
para bobo ver, fazer discursos e deixar o principal debaixo do tapete.
A varrida foi boa, o drama é o que fazer com o lixo. Ou melhor,
os manifestantes disseram que querem a “casa limpa”, e agora José, Mané, João,
Maria etc.?
A Semana da Pátria será uma excelente oportunidade de
reafirmação de vontades populares. Além de querer vencer competições
esportivas, algo que a mídia promove diariamente, gastando uma fortuna em papel
e tempo de jornais, rádios e emissoras de televisão, com certeza sente-se o
medo dos efeitos da incompetência e desonestidade de governos, já motivando
reações como aquelas que aconteceram em junho de 2013.
Clubes de Serviço, ONGs, Maçonaria, associações etc.
precisam planejar a Semana da Pátria com extrema dedicação. O que farão para
que o Brasil avance mais um pouco em direção a um futuro de “Ordem e Progresso”:
A desordem quebra paradigmas, é pré-revolucionária, será
necessária?
As propostas de racionalização existem. Entre todas
entendemos (pessoalmente) que uma redistribuição de atribuições esvaziando os
poderes do Planalto é essencial. É utopia querer administrar esse país de
dimensões continentais no detalhe em Brasília. A diversidade cultural é imensa
assim como todos os cenários políticos, sociais, econômicos e técnicos.
Grandes mudanças institucionais não acontecem por decreto. Não
teremos muitas alterações de rumo, exceto aquelas motivadas pela possível
derrota política nas próximas eleições. Usando redes sociais, palanques e as
ruas devemos motivar nosso povo a ter mais juízo, o que é quase impossível,
pois a maioria dos nossos eleitores carece de instrução e educação. Nosso
futuro está na mente e disposição dos jovens e dos adultos mais recentes.
Temos ferramentas para educar e algumas propostas para
inibir loucuras governamentais.
Precisamos de transparência total, não apenas
administrativa, talvez essa seja até a menor. Pairando sobre editais, contratos
mal cheirosos, obras estranhas e processos no Poder Judiciário com desfechos
inacreditáveis, existe a necessidade de transparência técnica. Ela vale para
todas as ciências que governam projetos e processos. Ou seja, de alguma forma
devemos perseguir a meta de se criar maior visibilidade técnica de tudo o que
acontece em nosso país; infelizmente não podemos confiar no que existe para
fiscalização, regulamentação e “participação popular” (conselhos, por exemplo)
em serviços essenciais e até coisas do tipo PAC da COPA.
A Semana da Pátria vem aí, o que você, sua comunidade,
corporação, associação, clube de serviço, loja ou igreja etc. planejam fazer? Vão
simplesmente rezar ou descansar em alguma praia?
É hora de luta, por enquanto pacífica. Para continuar assim
não devemos frustrar os mais jovens. Se o Brasil continuar com o cinismo e a
hipocrisia tradicionais que sempre pautaram suas elites estaremos colocando
lenha na fogueira de nossas futuras gerações.
Não podemos desprezar os riscos internacionais e a patologia
(avareza, desonestidade, volúpia pelo poder) daqueles que mandam no Brasil, por
enquanto.
Cascaes
31.7.2013
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