Evolução da sociedade e a democracia
Curitiba se transformou em cenário de conflitos incríveis e
que demonstram nitidamente deficiências de governantes, parlamentares e da
sociedade “organizada”. Em São Paulo a omissão de associações de profissionais (que
se consideram os melhores do Brasil) de pouco serviu para se evitar a possível
hecatombe da falta de água. No Brasil, bem, em nossa pátria varonil é só
escolher o tema de desgoverno crônico, ou melhor, a gestão indolente e alienada
em relação a seu povo, que deveria estar num patamar superior de cultura
técnica, democrática e responsável.
O pesadelo nacional começou com o 7 a 1 contra a Alemanha e
não parou mais, ou melhor, todas as propostas de aprimoramento dessa “democracia”
pararam em algumas barreiras e lá ficam sem que os políticos e a imprensa
brasileira forcem soluções.
Isso é privilégio brasileiro? Não, existem situações
infinitamente piores em outros continentes, com populações que remontam ao início
da espécie humanoide sobre a Terra.
Queremos e podemos ter, contudo, bons governantes, Poder
Judiciário eficaz, Justiça Social, enfim, pois a tecnologia século 21 oferece
condições de vigilância e padrões de cidadania infinitamente superiores àqueles
dos tempos passados.
A palavra Justiça é uma invenção humana para o
disciplinamento da sociedade, mas agora pode ser algo mais, fazendo valer
muitas leis, ainda que mal feitas, pessimamente regulamentadas e risivelmente fiscalizadas.
A Operação Lava Jato [1] está dando um
exemplo belíssimo que é esperança do povo brasileiro cansado de ser tratado
como idiota e espera ansiosamente a aplicação inteligente e severa de códigos
de conduta criados pelos próprios políticos, muitos deles quase empregados das
grandes empresas.
O teste da eficácia e validade depende do esgotamento de
fórmulas, a nossa pode funcionar?
Junho de 2013 [ [2] , [3] ,
[4] etc.] poderá se repetir
com mais energia.
Aliás, um momento da história da Humanidade merece leitura e
pesquisas intensas, a Comuna de Paris [5] , algo incrível e
palco das piores atrocidades possíveis, mas momentos que devem ser vistos como
de tentativa de aplicação real de muito do que foi proposto durante a Revolução
Francesa, a que desaguou nas coroas napoleônicas (uma reedição equivocada da
descrença do direito do povo se governar); quando as etapas anteriores se
esgotam no arbítrio, privilégios, incompetência e desonestidade e os seres
humanos mais instruídos e preparados para a liberdade, igualdade e fraternidade
decidem se autogovernar tudo pode se perder nas vontade dos donos das melhores
armas.
Talvez tenhamos na América do Sul um mau resultado da
mistura de comportamentos que os livros dos gigantes da Literatura sul
americana (com destaque para Mário Vargas Lhosa) expõem com tantos detalhes. Mais
ainda, pesquisadores, historiadores, sociólogos e bons jornalistas já
produziram material riquíssimo em análises que se transformaram em publicações
e filmes especiais, imperdíveis para os brasileiros que podem ler ou pelo menos
ver bons filmes [6] .
Iniciamos falando do Paraná, que show de empáfia, arrogância
e incompetência estamos vendo por aqui. De Curitiba às fronteiras do estado
sentimos decisões e atitudes totalmente diferentes daquelas trombeteadas até há
poucos meses. Ou seja, em setembro e
outubro do ano passado já era visível o que poderia acontecer, mas os
candidatos e seus partidos políticos mentiram, abusaram da demagogia, e agora
José? O que devemos fazer?
Precisamos de respeito e competência.
Por exemplo, na área da Educação existe quase um consórcio
entre municípios, estados e a União, será tão difícil implementar esse
condomínio ou a burocracia infernal de nosso país impede soluções? Que tal
pensar seriamente, energicamente no federalismo [7] ?
Com mais independência poderemos encontrar boas soluções desde
que paremos de exportar impostos e abaixar a cabeça para governantes
extremamente distantes de nossas manifestações, tão irrelevantes (para os donos
do Brasil) que não aparecem de forma adequada na mídia nacional.
Cascaes
15.2.2015
[1]
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“Operação Lava Jato,”
[Online]. Available:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Lava_Jato.
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[2]
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G. Fernandes, “Por
uma nova compreensão das Jornadas de Junho: formas descentralizadas de ação
política e crítica ao “espontaneísmo” analítico,” 12 2 2015. [Online].
Available: http://passapalavra.info/2015/02/102712.
|
[3]
|
“Brasil nas ruas,” 13
2 2015. [Online]. Available:
http://congressoemfoco.uol.com.br/category/o-brasil-nas-ruas/.
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[4]
|
G. e. Brasília, “71%
dos brasileiros não têm partido de preferência, diz pesquisa Datafolha,” 9 2
2015. [Online]. Available:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/02/71-dos-brasileiros-nao-tem-partido-de-preferencia-diz-pesquisa-datafolha.html.
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[5]
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J. Rougerie, “LA
COMMUNE,” [Online]. Available: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2015/02/la-commune.html.
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[6]
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J. C. Cascaes.
[Online]. Available: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/.
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[7]
|
J. C. Cascaes.
[Online]. Available: http://o-irredento.blogspot.com.br/.
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