domingo, 15 de fevereiro de 2015

Democracia em teste

Evolução da sociedade e a democracia
Curitiba se transformou em cenário de conflitos incríveis e que demonstram nitidamente deficiências de governantes, parlamentares e da sociedade “organizada”. Em São Paulo a omissão de associações de profissionais (que se consideram os melhores do Brasil) de pouco serviu para se evitar a possível hecatombe da falta de água. No Brasil, bem, em nossa pátria varonil é só escolher o tema de desgoverno crônico, ou melhor, a gestão indolente e alienada em relação a seu povo, que deveria estar num patamar superior de cultura técnica, democrática e responsável.
O pesadelo nacional começou com o 7 a 1 contra a Alemanha e não parou mais, ou melhor, todas as propostas de aprimoramento dessa “democracia” pararam em algumas barreiras e lá ficam sem que os políticos e a imprensa brasileira forcem soluções.
Isso é privilégio brasileiro? Não, existem situações infinitamente piores em outros continentes, com populações que remontam ao início da espécie humanoide sobre a Terra.
Queremos e podemos ter, contudo, bons governantes, Poder Judiciário eficaz, Justiça Social, enfim, pois a tecnologia século 21 oferece condições de vigilância e padrões de cidadania infinitamente superiores àqueles dos tempos passados.
A palavra Justiça é uma invenção humana para o disciplinamento da sociedade, mas agora pode ser algo mais, fazendo valer muitas leis, ainda que mal feitas, pessimamente regulamentadas e risivelmente fiscalizadas. A Operação Lava Jato [1] está dando um exemplo belíssimo que é esperança do povo brasileiro cansado de ser tratado como idiota e espera ansiosamente a aplicação inteligente e severa de códigos de conduta criados pelos próprios políticos, muitos deles quase empregados das grandes empresas.
O teste da eficácia e validade depende do esgotamento de fórmulas, a nossa pode funcionar?
 Junho de 2013 [ [2], [3], [4] etc.] poderá se repetir com mais energia.
Aliás, um momento da história da Humanidade merece leitura e pesquisas intensas, a Comuna de Paris [5], algo incrível e palco das piores atrocidades possíveis, mas momentos que devem ser vistos como de tentativa de aplicação real de muito do que foi proposto durante a Revolução Francesa, a que desaguou nas coroas napoleônicas (uma reedição equivocada da descrença do direito do povo se governar); quando as etapas anteriores se esgotam no arbítrio, privilégios, incompetência e desonestidade e os seres humanos mais instruídos e preparados para a liberdade, igualdade e fraternidade decidem se autogovernar tudo pode se perder nas vontade dos donos das melhores armas.
Talvez tenhamos na América do Sul um mau resultado da mistura de comportamentos que os livros dos gigantes da Literatura sul americana (com destaque para Mário Vargas Lhosa) expõem com tantos detalhes. Mais ainda, pesquisadores, historiadores, sociólogos e bons jornalistas já produziram material riquíssimo em análises que se transformaram em publicações e filmes especiais, imperdíveis para os brasileiros que podem ler ou pelo menos ver bons filmes [6].
Iniciamos falando do Paraná, que show de empáfia, arrogância e incompetência estamos vendo por aqui. De Curitiba às fronteiras do estado sentimos decisões e atitudes totalmente diferentes daquelas trombeteadas até há poucos meses.  Ou seja, em setembro e outubro do ano passado já era visível o que poderia acontecer, mas os candidatos e seus partidos políticos mentiram, abusaram da demagogia, e agora José? O que devemos fazer?
Precisamos de respeito e competência.
Por exemplo, na área da Educação existe quase um consórcio entre municípios, estados e a União, será tão difícil implementar esse condomínio ou a burocracia infernal de nosso país impede soluções? Que tal pensar seriamente, energicamente no federalismo [7]?
Com mais independência poderemos encontrar boas soluções desde que paremos de exportar impostos e abaixar a cabeça para governantes extremamente distantes de nossas manifestações, tão irrelevantes (para os donos do Brasil) que não aparecem de forma adequada na mídia nacional.
Cascaes
15.2.2015


[1]
“Operação Lava Jato,” [Online]. Available: http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Lava_Jato.
[2]
G. Fernandes, “Por uma nova compreensão das Jornadas de Junho: formas descentralizadas de ação política e crítica ao “espontaneísmo” analítico,” 12 2 2015. [Online]. Available: http://passapalavra.info/2015/02/102712.
[3]
“Brasil nas ruas,” 13 2 2015. [Online]. Available: http://congressoemfoco.uol.com.br/category/o-brasil-nas-ruas/.
[4]
G. e. Brasília, “71% dos brasileiros não têm partido de preferência, diz pesquisa Datafolha,” 9 2 2015. [Online]. Available: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/02/71-dos-brasileiros-nao-tem-partido-de-preferencia-diz-pesquisa-datafolha.html.
[5]
J. Rougerie, “LA COMMUNE,” [Online]. Available: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2015/02/la-commune.html.
[6]
J. C. Cascaes. [Online]. Available: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/.
[7]
J. C. Cascaes. [Online]. Available: http://o-irredento.blogspot.com.br/.



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