Por um Brasil melhor
As humilhações não param de acontecer. Novos prefeitos,
velhos problemas e pior, o abismo institucional criado por um Congresso
Nacional corporativo é tremendamente prejudicial à nação brasileira.
O impostômetro “parou” em um e meio trilhão de reais em
2012, isso sem falar nos prejuízos de recursos mal aplicados, tarifas
excessivas, subsídios de toda espécie etc.
No Brasil isso ficou fácil. Grandes grupos econômicos e
corporativos têm recursos para montar lobby na capital federal, isolada, longe
de ambientes politizados como acontecia quando do Catete o governante
gerenciava o nosso país.
Olhamos outros países e ficamos sem entender, se a análise
for expressa, porque eles são tão poderosos e nós não decolamos.
Parece que tudo depende do Governo Federal, o que é real se
lembrarmos a má gestão dos municípios e estados acostumados a fazer tudo sem a
responsabilidade das contas e a má distribuição de impostos, taxas, carimbos,
gerência de tarifas etc.. O PAC é o culpado e os pacotinhos locais esquecidos,
pois não temos dinheiro...
Chegamos ao absurdo de ver tarifas e padrões de qualidade de
distribuição de energia elétrica e comunicações sendo decididas por agências
federais e tudo depende de financiamentos do BNDES ou verbas que nossos
diligentes representantes conquistam.
Fazer do Brasil uma confederação com regiões independentes e
subordinadas à União no mínimo possível seria uma forma de corrigir essas
extravagâncias e irresponsabilidades.
Da Wikipédia extraímos dois exemplos clássicos:
1 de Agosto de 1291 é a data da
formação da Confederação Helvética. Esta data foi encontrada num
documento que já foi autenticado através de uma análise radionuclear
de Carbono-14. Tudo
começou com uma estrada chamada São Gotardo e três pequenos vales no
centro do território suíço - Waldstätte -
que ficaram esquecidos pelos duques e reis. Do século XI ao século XIII, muitas
cidades foram fundadas, incluindo Berna, Lucerna e Friburgo. A estrada de São Gotardo serviu às
populações que viviam nas planícies e nas montanhas, unindo-as. Ao longo dos
tempos, foram feitas estradas entre os povoados e a confederação foi aumentando
o seu território, tornando as aldeias das montanhas mais próximas e mais
fortes.
O segundo deve ser lido com atenção em (História dos Estados
Unidos (1783-1815)) mostrando as dúvidas americanas em relação à formação do
Estado. Na prática os EUA são uma confederação.
Nós temos uma situação inusitada que se demonstra por si só,
ou seja, a falência da Federação. Os equívocos mostram-se devastadores
colocando em dúvida atroz o futuro de nossos descendentes.
Todos nós temos o direito de errar, o fundamental é limitar
nossa capacidade de destruição.
Assim o governo federal deve ser limitado, a participação em geral, a transparência e o
estímulo à crítica devem ser fortalecidos, levando-nos, provavelmente a
mudanças institucionais profundas diante da constatação da inutilidade e
incompetência atávica da União.
A redivisão do Brasil em regiões, com senado e leis
próprias, subordinadas a um poder central com atuação limitada às Forças
Armadas, Política Externa, Banco Central, último estágio do Poder Judiciário
(totalmente independente e superior aos demais), Ministério Público
absolutamente independente e alguma coisa mais seria fundamental ao sucesso de,
pelo menos, uma ou mais regiões do Brasil.
Vemos a situação do afogado que lega consigo aqueles que
pretendem salvá-lo.
O livro (La Commune de Paris - racontée par les Parisiens) é
imperdível quando imaginamos mudanças pela força. Os livros de Hannah Arendt
formam um conjunto simplesmente magistral, merecem ser lidos um a um. O (Operação
Araguaia, 2011) envolve amigos pessoais, dando-nos a lembrança triste de uma
época polarizada ideologicamente, que tantas vítimas causou, na esperança
sincera de mudar o Brasil para melhor.
Pacificamente, sem rancores, com competência e independência
de caprichos, devemos rever nossa organização institucional, fugindo dos
arbítrios de um poder central, tanto quanto possível.
Iniciamos um blog (O irredento) onde queremos tratar deste
assunto sem xenofobia, racismo e outros vícios humanos.
A convicção da necessidade de mudanças colocamos em filmes
que pela espontaneidade demonstram nossas convicções.
Vamos reconstruir o Brasil?
Cascaes
5.1.2012
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: O irredento: http://o-irredento.blogspot.com.br/
História dos Estados Unidos (1783-1815). (s.d.).
Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_dos_Estados_Unidos_(1783-1815)
Lecaillon,
J. F. (s.d.). La Commune de Paris - racontée par les Parisiens.
Bernard Giovanangeli Éditeur.
Taís Morais, E. S. (2011). Operação Araguaia. São
Paulo: Geração Editorial.
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