sábado, 5 de janeiro de 2013

Por um Brasil melhor


Por um Brasil melhor
As humilhações não param de acontecer. Novos prefeitos, velhos problemas e pior, o abismo institucional criado por um Congresso Nacional corporativo é tremendamente prejudicial à nação brasileira.
O impostômetro “parou” em um e meio trilhão de reais em 2012, isso sem falar nos prejuízos de recursos mal aplicados, tarifas excessivas, subsídios de toda espécie etc.
No Brasil isso ficou fácil. Grandes grupos econômicos e corporativos têm recursos para montar lobby na capital federal, isolada, longe de ambientes politizados como acontecia quando do Catete o governante gerenciava o nosso país.
Olhamos outros países e ficamos sem entender, se a análise for expressa, porque eles são tão poderosos e nós não decolamos.
Parece que tudo depende do Governo Federal, o que é real se lembrarmos a má gestão dos municípios e estados acostumados a fazer tudo sem a responsabilidade das contas e a má distribuição de impostos, taxas, carimbos, gerência de tarifas etc.. O PAC é o culpado e os pacotinhos locais esquecidos, pois não temos dinheiro...
Chegamos ao absurdo de ver tarifas e padrões de qualidade de distribuição de energia elétrica e comunicações sendo decididas por agências federais e tudo depende de financiamentos do BNDES ou verbas que nossos diligentes representantes conquistam.
Fazer do Brasil uma confederação com regiões independentes e subordinadas à União no mínimo possível seria uma forma de corrigir essas extravagâncias e irresponsabilidades.
Da Wikipédia extraímos dois exemplos clássicos:
1 de Agosto de 1291 é a data da formação da Confederação Helvética. Esta data foi encontrada num documento que já foi autenticado através de uma análise radionuclear de Carbono-14. Tudo começou com uma estrada chamada São Gotardo e três pequenos vales no centro do território suíço - Waldstätte - que ficaram esquecidos pelos duques e reis. Do século XI ao século XIII, muitas cidades foram fundadas, incluindo BernaLucerna e Friburgo. A estrada de São Gotardo serviu às populações que viviam nas planícies e nas montanhas, unindo-as. Ao longo dos tempos, foram feitas estradas entre os povoados e a confederação foi aumentando o seu território, tornando as aldeias das montanhas mais próximas e mais fortes.
O segundo deve ser lido com atenção em (História dos Estados Unidos (1783-1815)) mostrando as dúvidas americanas em relação à formação do Estado. Na prática os EUA são uma confederação.
Nós temos uma situação inusitada que se demonstra por si só, ou seja, a falência da Federação. Os equívocos mostram-se devastadores colocando em dúvida atroz o futuro de nossos descendentes.
Todos nós temos o direito de errar, o fundamental é limitar nossa capacidade de destruição.
Assim o governo federal deve ser limitado,  a participação em geral, a transparência e o estímulo à crítica devem ser fortalecidos, levando-nos, provavelmente a mudanças institucionais profundas diante da constatação da inutilidade e incompetência atávica da União.
A redivisão do Brasil em regiões, com senado e leis próprias, subordinadas a um poder central com atuação limitada às Forças Armadas, Política Externa, Banco Central, último estágio do Poder Judiciário (totalmente independente e superior aos demais), Ministério Público absolutamente independente e alguma coisa mais seria fundamental ao sucesso de, pelo menos, uma ou mais regiões do Brasil.
Vemos a situação do afogado que lega consigo aqueles que pretendem salvá-lo.
O livro (La Commune de Paris - racontée par les Parisiens) é imperdível quando imaginamos mudanças pela força. Os livros de Hannah Arendt formam um conjunto simplesmente magistral, merecem ser lidos um a um. O (Operação Araguaia, 2011) envolve amigos pessoais, dando-nos a lembrança triste de uma época polarizada ideologicamente, que tantas vítimas causou, na esperança sincera de mudar o Brasil para melhor.
Pacificamente, sem rancores, com competência e independência de caprichos, devemos rever nossa organização institucional, fugindo dos arbítrios de um poder central, tanto quanto possível.
Iniciamos um blog (O irredento) onde queremos tratar deste assunto sem xenofobia, racismo e outros vícios humanos.
A convicção da necessidade de mudanças colocamos em filmes que pela espontaneidade demonstram nossas convicções.
Vamos reconstruir o Brasil?

Cascaes
5.1.2012

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: O irredento: http://o-irredento.blogspot.com.br/
História dos Estados Unidos (1783-1815). (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_dos_Estados_Unidos_(1783-1815)
Lecaillon, J. F. (s.d.). La Commune de Paris - racontée par les Parisiens. Bernard Giovanangeli Éditeur.
Taís Morais, E. S. (2011). Operação Araguaia. São Paulo: Geração Editorial. 

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