domingo, 2 de outubro de 2011
O POVO ACORDOU. O POVO DECIDIU. OU PÁRA A ROUBALHEIRA OU NÓS PARAMOS O BRASIL.
A história do ovo e da galinha
No Brasil o tema “corrupção” sempre foi assunto forte em campanhas eleitorais.
Como a corda sempre rebenta do lado mais fraco, a moda era falar mal dos servidores públicos e, eventualmente, de alguns políticos. Isso motivou violências e inúmeras leis. Acreditamos que podemos resolver tudo fazendo leis e decretos. O Poder Judiciário decide.
Agora chegamos ao ponto de duvidar de tudo. É uma situação perigosa. O resultado é o desperdício do voto, eleger-se qualquer um sob o argumento de que “todos são ladrões”.
Realmente o ritual eleitoral, que obriga partidos políticos e candidatos a gastarem fortunas para se elegerem, criou um cenário de favorecimento a quem pode gastar. Talvez por isso nossas “elites” vejam com tanta preocupação o financiamento público das campanhas, não querem perder prestígio.
Acreditando-se no Poder Judiciário teremos a esperança de vigilâncias e punições contra quem não respeitar a legislação.
Vimos, contudo, na polêmica das atribuições do CNJ que já está difícil também acreditar no Poder Judiciário...
Podemos, contudo, começar a limpar nosso país de imediato. Sem falar na opção violenta, o Governo Federal deveria usar os recursos policiais e de fiscalização contra os maiores corruptores do país. Poucas centenas de empresas e pessoas físicas devidamente cercadas deixariam de “comprar” políticos, tecnocratas e burocratas.
Já imaginaram quanto o Brasil economizaria?
Mais ainda se as federações de comércio, de indústria, de empreiteiros e empresários em geral e até as centrais sindicais eliminassem qualquer hipótese de apoio financeiro às campanhas, deixando essa questão para a Justiça Eleitoral e viabilizando-se recursos fiscais (financiamento público) exclusivamente para as campanhas dos candidatos.
O filme “Proposta Indecente” (Lyne) mostra bem a situação de pessoas em posições estratégicas submetidas a ofertas imorais, assim como o filme (A Grande Ilusão) relata um caso verídico nos EUA que, de tão conhecido, tornou-se um filme clássico.
A democracia é um sistema relativamente recente na história da Humanidade, principalmente em grandes nações. Como purificar o processo? No caso brasileiro devemos ver com atenção os corruptores. Precisamos combater o mal pela raiz, e o número de alvos será infinitamente menor do que a imensa quantidade de funcionários e gerentes de empresas públicas.
Até incomoda ver a repetição de filmes velhos. A hipocrisia tem limites. Mentir, contudo, é perigoso, pois nosso povo está se sentindo angustiado com tantos escândalos e manifestações acintosamente cínicas de pessoas, que deveriam estar acima de qualquer suspeita.
Precisamos romper o circuito de auto geração do mau governo, não podemos, contudo, descobrir que processos contra grupos poderosos chegam a levar duas décadas para culminarem com prisões discretas. Afinal contra os brasileiros mais pobres não vemos qualquer tipo de cerimônia, é cacete, algemas, camburão quando não execuções mal disfarçadas.
É bom que a sociedade se mobilize contra desmandos governamentais, seria péssimo, contudo, deixar para as raposas falarem mal das galinhas...
Cascaes
29.9.2011
A Grande Ilusão. (s.d.). Fonte: Se você viu - comente : http://se-voce-viu-comente.blogspot.com/2010/09/grande-ilusao.html
Lyne, A. (s.d.). Proposta Indecente. Fonte: adorocinema: http://www.adorocinema.com/filmes/proposta-indecente/
Postado por
relatar atividades culturais e reuniões da Academia de Letras José de Alencar - ALJA
às
14:55
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