Comentário nº 64 – 12 de junho de 2010
Assuntos: Dinheiro externo, Índios e Direitos Humanos
A falácia dos empréstimos externos
Quando um governo precisa de dinheiro – seja para uma obra que trará desenvolvimento, seja para fazer assistência social, para se reeleger ou mesmo para roubar, ele tem três opções primárias: imprimir moeda, aumentar impostos ou pedir emprestado. Se imprimir, todo mundo sabe, haverá inflação de demanda, pois circulará mais dinheiro do que bens. Aumentar os impostos – a partir de certo ponto a arrecadação baixa. A teoria é simples: sendo 0% o imposto, a arrecadação será zero. Sendo 100% a arrecadação também será zero, pois nada compensaria. Entre 0% e 100% de imposto, a arrecadação subiria no início e depois declinaria novamente até o zero, ao atingir o imposto 100%. Os economistas chamam esta trajetória de “curva de Lafer”.
A pior opção é pedir emprestado do exterior. O dinheiro que chega, ao circular, cria a mesma inflação da demanda como se tivesse sido impresso no país, que ainda fica amarrado aos juros, quase sempre impagáveis, principalmente quando o empréstimo tenha sido para algo que não cria novas riquezas, que não dá dividendos.
Uma vez endividados, os países têm três opções: dar um calote tornando-se um pária; imprimir dinheiro criando inflação ou aumentar impostos, que tende a diminuir a arrecadação. Isto se chama “circulo vicioso”. Claro, sempre será possível por a casa em ordem, com reformas corretas e investimentos produtivos, mesmo a custa de inflação.
No nosso caso, o próximo governo precisará diminuir a carga tributária, que deve ter ultrapassado o apogeu da curva (embora seja admissível o aumento em impostos seletivos como de importação de manufaturas e de exportação de comodities in natura); flexibilizar o mercado de trabalho e investir em infra-instrutora.
A Infra-estrutura e o Meio Ambiente
Observaram que o Greenpeace não se manifestou sobre o desastre ecológico no Golfo do México? Ah, a empresa é britânica. No Brasil já se manifestou sobre os perigos do pré sal. Quando houve um vazamento na ref. Duque de Caxias, fez um escarcéu.
O Grupo “Pensar”, uma sociedade informal cujo propósito é analisar o custo e o benefício das decisões tomadas e das não tomadas, concluiu que o alto custo dos transportes é uma barreira que prejudica o crescimento é que afeta toda a produtividade de toda a economia. Na semana passada, no Rio de Janeiro, economistas de várias nacionalidades, chegaram mesma conclusão. ELEMENTAR! Até um analfabeto também concluiria o mesmo, se estivesse levando uma carga de soja pelas BR 319 ou 164, que poupariam dezenas de dólares por tonelada, só no frete, se o Ibama não impedisse o asfaltamento de trechos degradados.
Poder-se-ia concluir que a causa primária da deficiência da infra-estrutura é o ambientalismo exacerbado, mas não seria a verdade. O ambientalismo é apenas um meio. Se sincero fosse, cuidaria primeiro dos esgotos; provocaria coleta seletiva do lixo; equacionaria os “lixões”; incentivaria a construção de biodigestores, de biocombustíveis e de usinas de energia renovável, como as hidrelétricas, que as ONGs tanto combatem.
Isto se insere em um processo mais amplo de se apropriar dos recursos naturais, o que ainda não foi bem compreendido pelo atual governo e não sabemos como será o próximo, mas o início da reação foi soco na mesa do presidente ao defenestrar sua então querida ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, que impedia a construção das usinas hidrelétricas do rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) em defesa dos “pobres bagres”.
Quem está em campo sabe que os “defensores da natureza”, recebem fundos de outras nações e arrecadam muito dinheiro até do governo para atuar contra o País. As ONGs exploram a debilidade institucional e política de uma nação que tardiamente está driblando as suas contradições e avançando no caminho do desenvolvimento. Trava-se agora uma batalha no Congresso entre representantes do ambientalismo internacional e nacionalistas envolvendo uma modificação em regra do caduco Código Florestal e da restritiva legislação ambiental vigente no país. Desta batalha dependerá o progresso ou o atraso.
SEM MAIS COMENTÁRIOS. O Ibama, até pouco tempo controlado por Marina Silva está sempre emperrando e obstaculizando qualquer projeto e programa de desenvolvimento energético, industrial e de transportes no País. Não é do meio ambiente que o Ibama cuida. Amarrar o Brasil é o verdadeiro objetivo. Para o bem do Brasil, terá que ser neutralizado
Armas nucleares
A hipocrisia impera nos argumentos dos países detentores da bomba. Algumas nações possuidoras, como EUA, Rússia, Reino Unido etc. pretendem que o mundo seja dividido desta forma. Quem tem, continua tendo e até aumenta seu arsenal. Quem ainda não possui, está proibido de ter.
Só a dissuasão impede o exercício da violência dos ambiciosos. As motivações para a guerra do Iraque podem ter sido a conversão das reservas iraquianas de dólar para euro e o controle da segunda maior reserva mundial petrolífera, mas ele só foi atacado por não possuir armas de destruição em massa, mesmo que sua “posse” tenha sido usada como pretexto.
O que nos interessa não é o programa do Iraque nem do Irã, mas o nosso. Com perseverança e persistência por décadas, houve brasileiros que se mantiveram firmes nos propósitos de independência nuclear apesar, das dificuldades, das tentativas de sabotagens e das manobras, comuns na América do Sul, de tentarem – e, às vezes, até conseguirem – colocar e tirar governantes do poder
Sem nenhuma conotação político-partidária - a política nuclear brasileira está correta. O Brasil tem matéria-prima nuclear e tecnologia, não há como submetê-lo aos caprichos do mercado internacional – desleal e sorrateiro e tirânico: escondendo-se atrás do ideal do desarmamento nuclear (dos outros), bloqueiam até o desenvolvimento da energia nuclear pacífica.
Para não passar em branco
O mundo discute a interceptação de navios por Israel em águas internacionais.
Ninguém que tenha coração deixa de se emocionar com o drama dos palestinos. Ninguém que tenha cérebro deixa de reconhecer o direito de auto defesa de Israel. Todos têm suas razões. Podemos até censurar determinados atos, mas nunca tomar partido. Já temos bastantes problemas internos de difícil solução e não é bom bancar a polícia do mundo. Bem, o que torna intolerável é a ironia feita por uma TV israelense mesmo que o (nosso) presidente tenha errado na atitude. Assim cria má vontade até onde não tinha. Enfim, não foi ato do gov. de Israel, foi apenas de uma TV, eu acho.
Que Deus guarde a todos vocês
Gelio Fregapani
Para os interessados em se informar sobre o clube de Bilderberg recomendo:
http://www.youtube.com/watch?v=V5dRztisdbI&feature=player_embedded
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