Na vi os debates entre os candidatos a prefeito de Curitiba,
exceto o último, mas o sono me venceu, assim falo do que conheci, ainda que parcialmente.
Tratados de boas intenções são naturais, afinal ninguém quer
perder a corrida para o posto mais alto de uma grande cidade. Qualquer deslize
pode levar à derrota depois de meses de campanha sofrida e cara. O ruim é que
uma campanha eleitoral para cargos majoritários exige muito dinheiro e
compromissos. Raro é o eleito capaz de esquecê-los e, vencendo, dedicar-se ao
povo para o qual deve lealdade pelo voto.
Um tema recorrente nesta campanha foi o transporte coletivo
urbano. Estranhamente falaram em modais e outros nomes esotéricos (Cascaes, O transporte coletivo urbano – um desafio
de todos os cidadãos) . De metrô a bicicleta valeu tudo menos
dizer como o curitibano pagará a conta. Por efeito dos contratos de concessão
temos excelentes ônibus, até com combustíveis sofisticados, mas sem clareza à
forma de subsídio, o que o candidato e Dr. Gustavo Fruet lembrou muito
apropriadamente nesta sexta feira.
Perdemos oportunidades geniais de construir a frota pública
e do gerenciamento operacional pela Urbs. O que aconteceu no malfadado edital
de outorga de concessão para exploração dos transportes coletivos urbanos de
Curitiba foi exatamente isso: exploração. Assim, não adianta reclamar de ônibus
superlotados, raros e correndo pela cidade... devem dar lucro.
O mais estranho nisso tudo foi o silêncio de quem tinha
autoridade, conhecimento e força política para contestar o que ocorria. Alguns,
muito poucos, lutaram sem sucesso e racionalidade daquele edital publicado ao
final do ano e aberto ao final das férias seguintes (Cascaes) .
De qualquer jeito respeitaram os formalismos legais criados
por leis incompletas e mal feitas.
Com certeza o modelo político brasileiro favorece o capital
em detrimento do povo. Mudará quando, de que jeito?
Agora só nos resta a esperança da surpresa.
Vamos rezar, orar, fazer despachos, figa etc. para que o
eleito se desligue de seus patrocinadores e seja acima de tudo honesto, sério,
competente e dedicado à capital paranaense.
Os problemas são enormes e não será fácil solucioná-los,
mais ainda com a interferência de uma entidade particular e estrangeira, uma
tal de FIFA e seus prepostos.
O que precisamos, individualmente e coletivamente, é exercer
com intensidade a vigilância e o ativismo social. Está na hora de assumirmos
nossa cidadania.
Curitiba e seu povo precisam de todos nós, do Prefeito ao
cidadão mais humilde aqui residente. Afinal somos uma democracia, não? Para
isso esperamos ter transparência total e humildade para ouvir, ler e procurar
entender argumentos contraditórios. Felizmente um dos candidatos é advogado com
longa experiência política. Conhece as máquinas e pode, com discernimento, avaliar
de forma adequada o que fizer. Mais ainda, seu pai, de saudosa memória, foi prefeito
de Curitiba e um grande democrata, sabendo entender e governar com máxima
tolerância.
Ótimo, dizem que os frutos nunca caem longe da árvore em foram gerados, assim
podemos ter uma grande esperança com a vitória de Gustavo Fruet.
Cascaes
27.10.2012
Cascaes, J. C. (s.d.). O transporte coletivo urbano
– um desafio de todos os cidadãos. Fonte: O Transporte Coletivo Urbano -
Visões e Tecnologia:
http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2012/06/o-transporte-coletivo-urbano-um-desafio.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Resposta da Urbs. Fonte:
O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia:
http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2011/02/resposta-da-urbs.html