segunda-feira, 30 de abril de 2012

Escândalo Carlinhos Cachoeira

Extremamente "didático"  esse infográfico publicado em G1


http://g1.globo.com/platb/cpi-do-cachoeira/

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Remédios e, doenças e política


Genéricos e específicos
Talvez uma informação assustadora que mereceria uma investigação rigorosa a partir dos interesses do tristemente famoso Carlinhos Cachoeira seja o seu envolvimento na indústria dos remédios genéricos no Brasil. Qual é a qualidade do que é oferecido com esta denominação: “genérico” (Uma reflexão sobre os medicamentos genéricos - 8 anos após a lei - o que mudou ?) ?
Familiarmente ouvimos de médicos a recomendação de não usar genéricos (Medicamentos: preço é sinônimo de qualidade?) e agora sentimos a eficácia de um produto desta espécie que parece não funcionar. Não é uma condição geral, mas os indícios de que têm limitações perigosas assustam. Naturalmente o fabricante poderá alegar que seu produto tem o sal indicado, mas a composição seria igual àquele que dizem ser similar?
Doenças mortíferas exigem tratamentos precisos, o que não é fácil.
O câncer, cancro de acordo com os portugueses, é um exemplo do que pretendemos dizer. Temos exemplos de sobra em família e entre amigos para o atrevimento de falar de algo alheio à nossa profissão. Pedimos perdão à Anvisa, associações de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, Conselho de Medicina etc., mas não podemos calar.
O problema não é exclusivo do Brasil, é um tema mundial, até por que o aumento da expectativa de vida graças à Medicina trouxe outros desafios que merecem inúmeros artigos, estudos, teses, cursos, programas governamentais etc.
Os exemplos do exercício da Medicina e comportamento de pessoas adoentadas ilustram o que pretendemos dizer. Com surpresa lemos a biografia de Steve Jobs.
No livro (Steve Jobs - A biografia, 2011), em sua parte final, descobrimos o drama dos médicos e de Steve Jobs na luta contra o câncer (O que é o câncer). Quase todos erraram e assim a humanidade perdeu um tremendo empresário inovador, que muitos poderão dizer que não entendia do que ordenava, mas sabia onde devia chegar. São pessoas raras e fazem muita falta.
Acompanhamos a luta de personalidades ilustres de nosso país contra o câncer. Tinham ou têm poder e dinheiro, assim foram ou vão direto para o que existe de melhor (assim parece) no Brasil, recebendo um tratamento vip com algum sucesso.
É uma doença que está longe de merecer um carimbo de “dominada”, exigindo muito para ser bem resolvida. A palavra é genérica e conforme o alvo escolhido por ela pode ser eliminada ou não (Wikipédia).
Com certeza os exames periódicos e uma vida sadia evitam muitas espécies de doenças, inclusive esta.
Mereceria um lugar no panteão dos heróis da mídia a revista Seleções, a primeira publicação mundial que se recusou a fazer propaganda do uso do cigarro. Infelizmente começou tarde para o meu pai Pedro Cascaes (falecido em 1966).
Do INCA temos, atenção:
“Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).” (sic)
Ou seja, além do cigarro existem coisas que deveriam ser apontadas e proibidas, por quê não o são?
O que, além disso, agora sabemos com absoluta convicção é de que ser rico e poderoso é a melhor situação para enfrentar essa doença quando ela se manifesta. Bons médicos, hospitais, remédios legítimos, tratamentos personalizados etc. fazem a diferença.
Parece que muitos médicos anseiam pela fama e riqueza, sejam formados ou não com o dinheiro do contribuinte, e têm muita dificuldade de comunicação entre eles assim como atender pobre, associado de plano de saúde etc..
A Humanidade idiotizada pela mídia e querendo permanecer infantil insiste em prioridades erradas. Talvez não, mas essa é a sensação quando analisamos o conteúdo da mídia televisiva. Para muitos outros o desafio é merecer o paraíso, assim quanto mais sofrerem aqui na Terra mais facilmente conseguirão um lugar junto ao(s) Deus(es).
Está na moda falar em meio ambiente. Vem aí a ( Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20). Graças a ela o tema preferencial é fazer reportagens de qualquer jeito sobre “sustentabilidade”, tema da “Rio+20”. Com esta motivação entrevistados competentes se alternam com pessoas irresponsáveis, mestres em manipulação de números e ameaças. O nosso desafio é separar o joio do trigo, o que é válido para nós?
Alguns entrevistados, enquanto falam de coisas estranhas com denominações científicas ou semelhantes a tal, mostram eremitas e valorizam a miséria de povos que permanecem sobrevivendo em estado selvagem, deixando de tratar de questões tão importantes quanto o trânsito, dengue, saneamento básico, subnutrição e doenças que dizimam populações assim como da inevitabilidade de se pretender vida longa e feliz em grandes cidades.
De qualquer modo, como lemos no portal do INCA, o meio ambiente é um dos fatores de risco dominantes.
Obviamente todos os assuntos merecem discussão, inclusive a maior praga que se abate sobre o Brasil, a corrupção, responsável pela falta de recursos para tudo, da Educação à Saúde. Fácil de ser contida, mas sustentada por razões estranhas, a desonestidade parece ser a regra, pusilanimemente colocada como “esperteza” quando o termo fica pesado.
Naturalmente, por exemplo, editais lançados em dezembro ( (Lei 8.666, de 21 de junho de 1993)?) para serem abertos em fevereiro do ano seguinte mereceriam atenção especial por parte de nossas autoridades policiais, corrigir só isso já evitaria muito assim como a punição severa contra corruptores que atuam de sul a norte, leste a oeste do Brasil. O incrível e sentir que não comove falar sobre esta questão...
Faltaria cadeia, polícia e tribunais no Brasil para prender corruptos e corruptores, vamo-nos concentrar nos grandes corruptores e escândalos como o caso Carlinhos Cachoeira demonstra. Os resultados poderão ser espetaculares.
Mas, e o câncer? A indústria de genéricos?
Médicos especialistas, planos de saúde, seguradoras, empresários, políticos e lideranças civis deveriam se unir para garantir ao povo um tratamento digno e prevenção contra esta doença. Quando vemos greves do INSS que duram meses e protelações de exames só porque informamos que estamos dentro de um plano de saúde só podemos ficar indignados ao extremo. Pior ainda é ser envenenado sem saber e/ou tomar remédios ineficazes.
Até onde é justa a atuação de corporações (empresariais, sindicatos, de profissionais etc.)? Qual seria o limite ético e jurídico?
Parece que se à Corte é dado um tratamento necessário e suficiente, o resto da população pode e deve seguir o calvário comum, típico de gente ignorante ou alienada como parece existir nos EUA, se valer o que descobrimos na biografia de Steve Jobs, ou infantil tal e qual a brasileira, muito feliz com a demolição de belos estádios para a construção de outros de acordo com os padrões da FIFA.
Em tempo e insistindo, você sabe como enfrentar o câncer  (Barros)?

Cascaes
23.4.2012
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. (s.d.). Fonte: Rio+20: http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20
3/4/2007, T. e. (s.d.). Uma reflexão sobre os medicamentos genéricos - 8 anos após a lei - o que mudou ? Acesso em 23 de 4 de 2012, disponível em Juris Way: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=243
Barros, L. H. (s.d.). Sobre o câncer. Acesso em 23 de 4 de 2012, disponível em Instituto Oncoguia - A Voz do Paciente com Câncer: http://www.oncoguia.org.br/site/interna.php?cat=2&id=1626&menu=2
Civil, C. (s.d.). Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. Acesso em 23 de 4 de 2012, disponível em Presidência da República - Casa Civil: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm
Isaacson, W. (2011). Steve Jobs - A biografia. (D. B. Berilo Vargas, Trad.) São Paulo: Companhia das Letras.
O que é o câncer. (s.d.). Acesso em 23 de 4 de 2012, disponível em INCA - Instituto Nacional de Câncer: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322
Oncoguia, e. (s.d.). Medicamentos: preço é sinônimo de qualidade? Acesso em 23 de 4 de 2012, disponível em Oncoguia: http://www.oncoguia.com.br/site/interna.php?cat=170&id=4663&menu=3
Wikipédia. (s.d.). Cancro. Acesso em 23 de 4 de 2012, disponível em Wikipédia - A enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cancro



sábado, 21 de abril de 2012

Manifestação em Curitiba, Centro Cívico, contra a corrupção - Anonymous

segunda-feira, 2 de abril de 2012

TD - Tecnologia Democratizante

TD - Tecnologia Democratizante
Democracia consciente exige participação, responsabilidade e consciência máxima de decisões estratégicas de sua comunidade, seja ela num grupo de trabalho ou num continente. Delegar decisões simplesmente é algo que tem se mostrado perigoso, principalmente em países com democracia recente. Virtudes de campanha podem ser insuficientes no ambiente poluído dos palácios. A eterna vigilância é algo extremamente precioso, mais ainda quando se pretende bons governos.
O policiamento não deve ser simplesmente arma de pressão política, mas algo eficaz e em condições de inibir comportamentos lesivos ao povo. Infelizmente os brasileiros devem se sentir extremamente desconfortáveis com a sucessão interminável de escândalos. O mais intrigante é que alguns processos tramitaram durante anos em investigações complexas até virem a público de forma bombástica, não sem antes permitirem durante longo tempo a ação nefasta de maus elementos.
A dificuldade maior sempre foi a incapacidade da maioria das pessoas para a leitura e registro de situações. Os processos convencionais e possíveis de informação e observação eram extremamente limitados.
Podemos imaginar e entender as razões de tanta violência até a poucas décadas. Valia um jornal eventual, notícias através de conversas com viajantes, pregadores, panfletistas, menos a notícia imediata, a menos que fosse ao lado do observador. Era fácil enganar e sublevar pequenas multidões.
Agora a internet é uma ferramenta de mobilização de torcidas fanáticas em guerras absurdas, pode ser melhor usada.
Por lei, decreto ou normas de bom governo existem comissões, conselhos, assembleias, seminários e congressos trabalhando em cada canto do Brasil. Pela mídia vemos títulos pomposos e tratando de assuntos de nosso interesse. Quem pode estar nesses grupos ou eventos? Como abordam as questões que nos interessam? O que fazem? Quais são as conclusões? Quem nos representa? Critérios? Durante anos participamos de seminários com os agentes do Setor Elétrico (por exemplo), todos estavam lá, menos o consumidor, o nosso povo.
Por algum artifício legal deveria ser obrigatório o uso de meios de transmissão “on line” de debates e exposições de assuntos técnicos ou não quando pudessem afetar o desempenho de concessionárias, governos e outras formas de organização com poder de fazer acontecer.
Isso já é possível.
Os grupos virtuais são autênticos instrumentos de debate de questões estratégicas que não são aplicados por preconceito ou defasagem cultural. As redes sociais, sistemas de transmissão de imagem e som via internet ou similares dão ao povo capacidade de participação, algo livre e disponível a quem interessar.
Mais ainda, o acompanhamento de reuniões e o registro de seus debates podem ser autênticas aulas específicas de assuntos palpitantes. Por critérios antigos perdemos tudo isso deixando de filmar e colocar em blogs ou portais e finalmente nas redes sociais o que acontece nessas ocasiões. A dinâmica de comunicação ganhou amplitude com as redes sociais, o desafio é usar de forma adequada.
Vale insistir: a mentalidade e regras administrativas precisam mudar. Participar de comissões, grupos de trabalho, fóruns etc. não deve ser privilégio de poucas pessoas. Tudo deve ser acessível de modo a incluir o nosso povo em discussões de interesse dele próprio. Os grupos presenciais devem ter suas salas de extensão virtuais. Podem ser identificadas ou não, mas partícipes do que se prepara para assinatura dos eleitos.
Não faz sentido subordinar trabalhos comunitários ao arbítrio de chefes eventuais.
Falamos muito em corrupção, esquemas, jogos do poder. Isso tudo acontece na dimensão espantosa que descobrimos pela falta de transparência.  Quanto maior a visibilidade de qualquer administração, mais difícil será para ela fazer o que não deve.
A Tecnologia Democratizante – TD – deve ser usada à exaustão, esse é o lado positivo dos meios de comunicação e processamento de dados mais modernos.

Cascaes
31.3.2012