A melhor fiscalização é a popular
Os escândalos e inquéritos seriam infinitamente menores se
tivéssemos transparência real de riquezas, impostos e contratos de interesse
geral e até pessoais. Com certeza estaríamos invadindo a privacidade financeira
e patrimonial de todos, mas ela realmente existe? Será possível coexistir com o
mundo WEB? Os sistemas de controle, cadastro etc.? Os cartórios e bancos de
dados extremamente diversificados e generalizados?
Vimos, por exemplo, que os serviços secretos evoluem.
Antigamente a espionagem dependia de seres humanos em ações diretas, agora o
mundo das máquinas e softwares impera a serviço de quem pode pagar e manter.
Na mídia o escândalo do monitoramento de telefones pelos
EUA, e os outros países e grandes empresas não fazem isso? Sabemos que de um jeito
ou de outro, até na portaria de prédios, deixamos indícios do que somos e
possuímos. É até divertido ver nesses últimos dias em visita à França o
Presidente Obama dizendo ao Preside da França que “ele” não está grampeado,
exceção?
Considerando a incrível podridão que sabemos existir no
Brasil há séculos, por que teríamos escrúpulos em exigir informações essenciais
à nossa sobrevivência?
O cidadão comum paga extremamente caro pela sua ingenuidade.
É espoliado pelos poderosos em prosa e verso. De impostos a preços extorsivos o
salário ou a aposentadoria encolhem sempre se sua condição de vida não
viabiliza greves justas ou absurdas. Corporações ineficazes ganham demais
enquanto gente que mereceria respeito e viver melhor paga as contas.
Podemos e devemos exigir transparência total. E os bandidos?
Se o volume de impostos e taxas chegarem perto do que é sonegado ou roubado seremos
um país com dinheiro para pagar por excelentes serviços essenciais e
aprimoramento das cidades em que vivemos.
Os brasileiros honestos sofrem demais com a “esperteza” de
organizações e “cidadãos” sem escrúpulos.
O Juiz Sérgio Moro e a imprensa investigativa mostram a
ponta do iceberg. Se quisermos saber mais poderemos começar pelos bons livros
de História e abrir olhos e ouvidos, vamos descobrir que os GAECOS, MPs,
Polícia Federal e etc. são instituições relativamente recentes e estavam travados.
Finalmente com o apoio da Mídia comercial (jornalismo
investigativo) e redes sociais podemos acompanhar em detalhes coisas que eram
ocultas pela incapacidade de comunicação ou vistas com tristeza diante da
incapacidade de acionar leis feitas (por quem?). O que falta, entretanto, é
explorar com eficácia os recursos da tecnologia a favor do povo.
Note-se que se nada mais for inventado a Humanidade levaria
milênios para chegar aos limites do que já dominado. Imaginem o que logo
poderemos fazer a serviço da transparência apesar das censuras, falhas técnicas
e custos absurdos da comunicação.
Cascaes
05.07.2015
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